Rancho carnavalesco boi da manta

MAGELA: Eram rapazes jovens que saíam abrindo o desfile dos ranchos carnavalescos. Também, o Boi da Manta não demorou muito, porque o sô… O senhor Zé do Boi, morreu cedo, também. Eu me lembro que ele morreu nas proximidades de um carnaval.
FLÁVIO: Ô Magela, e algum desses ranchos virou escola de samba ou não?
MAGELA: Não.
FLÁVIO: Rancho é uma coisa, escola outra.
MAGELA: Não, nunca virou. O Rouxinol, do seu Alfredo, continuou… Acabou, nunca mais voltou. Era muito bonito. Acho até que devia virar. Num vi… Mas o seu Alfredo acabou, depois, envolvendo com Turunas, mas num é ele… Não é que o Rouxinol virou Turunas. E, é… Todos os outros. Nenhum outro virou escola de samba. Escola de samba foi… Primeiro foi Turunas, depois foi Feliz Lembrança, e a Castelo de Ouro. E foram formando os grandes.
FLÁVIO: Você já conheceu o Turunas formado ou você viu o Turunas montando assim?
MAGELA: Não, eu conheci o Turunas praticamente formado. O Turunas foi criado… O Turunas foi fundado ali no Largo do Riachuelo. Família do Ministrinho, dos Toschi. Armando Toschi, aquela família Toschi. E quando eu entrei no Turunas, eu já… Turunas já saía como escola de samba. Foi por volta de 60, na década de 60, mas 60 e poucos.
FLÁVIO: E o Turunas, nessa época, era a melhor escola, Magela?
MAGELA: Turunas era forte. Muito. Turunas era a melhor escola.
FLÁVIO: A gente… Agora, a… Eu por exemplo…
MAGELA: Depois veio Feliz Lembrança que disputou com ela pau a pau. Aí a coisa equilibrou.
FLÁVIO: Agora, a gente tinha impressão, Magela, que o Turunas tinha muito dinheiro. Sempre uma escola rica, um… Era isso, não tinha mais dinheiro no Turunas?
MAGELA: O Turunas reuniu os mais potentados. As pessoas de melhor poder aquisitivo se juntavam no Turunas. E o tu… E o Feliz Lembrança, que veio da Avenida Sete, não era tão forte financeiramente. Apesar de que, no carnaval de 66, o Feliz Lembrança veio forte, porque o Álvaro dos Santos botou muito dinheiro no Feliz Lembrança naquele ano, e a escola triunfou. Fez um dos mais lindos carnavais que Juiz de Fora já viu. Quem viu viu, quem não viu não vai ver mais não.
MAGELA: O enredo era do José Carlos de Lery Guimarães. A letra do samba era do José Carlos de Lery Guimarães. A melodia era do… Aquele… Já falo…
FLÁVIO: Nelson Silva.
MAGELA: Nelson Silva.
FLÁVIO: Ah, então, peraí… A Mascarada Veneziana…
MAGELA: Mascarada Veneziana é essa! Mas…
FLÁVIO: Acho que a Mascarada Veneziana foi da Feliz Lembrança.
MAGELA: Foi do Feliz Lembrança. Matou a pau. Ganhou fácil. Foi novidade. Uma alegoria linda. Porque naquela época as escolas usavam muito… Muitos estandartes, né. E ela veio com alegorias. Aquela alegoria grande, uma gôndola, dentro d’água. E isso foi um sucesso.
FLÁVIO: Ô Magela, e essas disputas? Beleza, Turunas, depois vem o Feliz Lembrança. Aí depois quem que… Que escola mais do nível mais ou menos? Que vai surgindo assim, você tem uma ideia. Como é que foi surgir… A Juventude veio depois?
MAGELA: Juventude veio depois. Juventude veio forte, foram quatro anos seguidos. A Juventude ia ganhar com a Quinta Mensagem… (cantando) “Juventude, traz sua quinta mensagem, apresenta o seu carnaval”. A quinta mensagem foi roubada da Juventude.
MAGELA: A maioria dos torcedores do Tupi eram Turunense. A maioria dos torcedores do Tupynambás eram Feliz Lembrança. Até nisso havia um equilíbrio. Mas não era… O poder aquisitivo do Turunas era maior. Tanto que ganhou a maioria dos títulos, né.
FLÁVIO: Magela, e por que será que esse pessoal, de maior poder aquisitivo, por… Eu lembro de um… Eu tinha… Era umas donas ricas que saiam no Turunas… Tem outro… A gente tem umas figuras conhecidas aí, umas senhoras que saiam. Por que que será que esse pessoal de mais grana se interessou pelo Turunas, hein?
MAGELA: Pela estrutura. Pela estrutura. É uma estrutura formada na base de mais recursos. Então sabia: “Vai sair mais bonito. Vai sair melhor”. E as pessoas acabavam aderindo àquele que tinha melhores condições de vencer.
FLÁVIO: Nessa época, Magela… Essas escolas sempre tiveram aquelas pessoas que saíam todo ano. Você lembra de algum destaque, por exemplo… Alguma mulher bonita que saia sempre…
MAGELA: Viroca. Feliz Lembrança. Uma baita duma baiana. Tem muita gente famoso em Juiz de Fora que saía nas escola de samba.
FLÁVIO: Ah, mas a Viroca nesse tempo ela sempre saiu como baiana?
MAGELA: Sempre saiu como baiana.
MAGELA: Real Grandeza veio praticamente de uma divisão do Feliz Lembrança. Praticamente. Da Avenida 7 também. E o Real Grandeza surgiu como bloco. Era um bloco que saía no carnaval, irreverente, irresponsavelmente saía da forma que os… Cada um queria, porque o grande… A fantasia do Real Grandeza é aquilo que cê tivesse guardado lá, em casa. Como também é da Banda Daki. Mais tarde, ela virou escola de samba. E foi uma escola… Foi não, é até hoje uma escola de samba de peso em Juiz de Fora, ganhou vários carnavais. Inclusive com bons compositores. Excelentes compositores.
FLÁVIO: Você nunca se envolveu com a Domésticas de Luxo não, Magela?
MAGELA: Não. Eu queria fazer retornar as Domésticas de Luxo, quando eu estava na prefeitura, no comando do carnaval. Mas o grupo que era diretor anterior da escola achou que eles eram donos e não forneceram nada, e eu não pude voltar com ela. Agora parece que está voltando, né?!
FLÁVIO: Ô Magela, é… Desses… Você destaca algum? Aí você pode ter aquela história sempre… Mas sempre foram pobres, Magela, Castelo de Ouro, né…
MAGELA: Castelo de Ouro deu crise Manuel. Lá da Vila São Benedito.
FLÁVIO: Sempre foi pobre né, Magela.
MAGELA: Pobre, escola pobre. Sempre foi pobre. Como também, aquela escola de samba Rivais da Primavera, lá de Benfica, muito esforço… Mas sempre uma escola que lutou com muita dificuldade… Os membros da escola pra colocar a escola na rua. Mas ela sempre está ali disputando. Nunca… Até hoje não ganhou nenhum título maior, de campeão da… Do grupo A, mas sempre…
FLÁVIO: Tem a Unidos do Grizzu também, né? De onde era?
MAGELA: Também Unidos do Grizzu foi duns… Chará meu, do Geraldo Magela. E ele… Esforçado, dedicado… Depois que o Unidos do Grizzu ganhou um local pra formar sua quadra, acabou. Não saiu mais.
FLÁVIO: Local é lá no bairro deles?
MAGELA: Aqui mesmo, no bairro Nossa Senhora Aparecida.
FLÁVIO: Mas eles ficaram com o espaço?
MAGELA: Ficaram com o espaço, está lá até hoje. Coberta e tudo, e não sai. Porque não é fácil colocar uma escola na rua. É difícil. Não renovou. Não renovou. Não tem renovação. Você vai ver quem é que dirige até hoje o Feliz Lembrança: é a família do Jair de Castro, do Jairo de Castro, do Jairdecir de Castro. É a família do Juca… Do Juca Canela-preta. É a família da Nancy. Essa… É o do compositor, o Mamão, que era um grande nome… Um grande nome também foi das Turunas… Da Feliz Lembrança. Aí não renovou essa gente. Hoje não, hoje é só a família de Castro. Fica o Jair aí, coitado, se matando pra botar a escola na rua.
FLÁVIO: Agora, ô Magela, eu tenho boas lembranças, assim… Não sei se era impressão que eu era criança… Daquela escola Unidos dos Passos. Foram carnavais tão bonitos, não é?
MAGELA: O Unido dos Passos foi do Vaqueiro. E…
FLÁVIO: (cantando) “Ê, ê vaqueiro, é hora de passar”…
MAGELA: “É hora”… É, aquele foi lindo, uma baita duma escola. A… Aquela ali teve um cidadão que ajudou muito financeiramente: o Zé Aleixo. Zé Aleixo tinha condições financeiras e botou muito dinheiro naquela escola, e ela saiu linda na rua. Unido dos Passos. Uma pena… E ela veio quebrar aquela hegemonia de Turunas e de Feliz Lembrança, e de Juventude. Ela entrou no meio e rachou. Mas depois, num teve condições, num sei por que motivo. É aquilo que eu digo é um negócio, assim, cansativo e que depende muito… Tem que ser… Tem que fazer o que o Rio fez, profissional. Quem trabalha nas escolas são profissionais. Os presidentes têm que ser profissionais. Não adianta botar de graça porque eles não aguentam. E aí acaba acontecendo isso. Está aqui ó, Acadêmico do Manoel Honório, da mesma forma. Lutou, ganhou o campeonato da 2ª divisão, caiu pra segunda, voltou, foi pra primeira e fica nesse sobe e desce… Mas não tem uma pessoa… Não tem um cara que banca financeiramente a escola. Porque é preciso.
FLÁVIO: Agora, você fala uma coisa. Porque, por exemplo, sempre teve um patrono ligado ao jogo do bicho, né? E agora, não tem mais? Que que aconteceu? Cadê esse pessoal? Você acha que o jogo do bicho… Porque o pessoal do jogo do bicho sempre deu uma ajudada, né?
MAGELA: A vida inteira! O jogo do bicho sustentou.
FLÁVIO: E o que que aconteceu?
MAGELA: Que que aconteceu é que o jogo do bicho também caiu, ué… Hoje a loteria federal, o governo federal, concorre, é… De uma forma… Eu num digo desleal, porque o jogo do bicho é irregular. Mas a loteria federal concorre com o jogo do bicho. E o jogo do bicho caiu muito. Ainda assim parece que ainda dá pra eles tocarem uma vida de muita facilidade, né?!
FLÁVIO: É, mas pra bancar uma escola de samba acho que num… Fica um bocado complicado, não é?
MAGELA: É, uma vai… A prefeitura ajuda. Eu continuo achando que as escolas de samba têm que ser oriundas de uma… De um local, de uma comunidade. Manoel Honório tem uma escola de samba, o bairro tem que assumir. Aí o bairro assume e põe a escola na rua. Aí vai sair 200 reais de um, 1 real do outro, 2 do outro, mas você tem uma comunidade. Agora, você não tem comunidade, tem que estar catando no dia da… Do desfile, catando gente pra poder vestir uma fantasia porque não tem… Antigamente, pagava-se… Você tinha… Comprar a fantasia. Depois, passaram a alugar a fantasia. Depois passaram a dar a fantasia. Vai chegar o tempo que eles vão pagar pras escola… Pro cidadão desfilar. Porque foi perdendo o interesse. Foi morrendo aquela paixão que tinha para as escolas.
FLÁVIO: Não, é verdade. É verdade. Magela, desses… Ó, você já falou da Mascarada Veneziana… Assim, do samba, né. Dos, por exemplo, nesse “Ê vaqueiro”, que era tão bonito. Não lembro de quem era isso.
MAGELA: Eu lembro mas eu num estou… Eu sei, mas eu tenho que lembrar. Eu posso até depois ver pra você.
FLÁVIO: Então Magela, esses… De onde veio o Partido Alto?
MAGELA: Partido Alto foi uma escola também de muito peso em Juiz de Fora. Um dos grandes incentivadores do Partido Alto hoje não quer mais carnaval, que é o Português. Conhece o Português?
FLÁVIO: Eu vejo assim, numa época do carnaval. Acho que sei sei quem é.
MAGELA: É, ele tem uma… Ali na Galeria Pio X, uma chaveiro. Ele era um dos apaixonados pela escola. Hoje ele num vai nem no carnaval. Por que? Alguma coisa desagradou.
FLÁVIO: Ô Magela, e essas bandas? Banda Daki, por exemplo, Bloco do Beco…
MAGELA: A banda…
FLÁVIO: Sempre ajudou?
MAGELA: A Banda Daki, o Bloco do Beco, tudo é um estado de espírito. Num tem… Quem é Banda Daki? Banda Daki é o…
FLÁVIO: Zé Kodak?
MAGELA: Zé Kodak? Será que se ele amanhã parar… Porque ele estimula, ele vai na prefeitura, ele arranja o trio elétrico, ele arranja o caminhão que vai levar as fantasia, aquele troço. Mas financeiramente gasta muito pouco. Ainda assim ele gasta alguma coisa. Porque ele compra a serpentina, ele joga o confete, e dá. Distribui pra eles… Pras pessoas. Mas é praticamente um estado de espírito. Você não encontra a Banda… Eu fui. Eu, quando diretor do carnaval, eu fiz o baile da Banda Daki. Eu pensava comigo: “Por que que a Banda Daki leva essa multidão pra rua e não pode fazer um baile e levar uma multidão pro ginásio do Sport”? E fiz o baile da Banda Daki. Levamos uma multidão pro Ginásio do Sport.
FLÁVIO: Você fez o carnaval dois anos, Magela?
MAGELA: Três.
FLÁVIO: Três…
MAGELA: Não, quatro.
FLÁVIO: Quatro.
MAGELA: Quatro anos. O primeiro ano eu fiz o carnaval na Rio Branco, depois eu tirei da Rio Branco, já passei pra Avenida Brasil.
FLÁVIO: E você teve muita resistência, ou não? Quando você teve a ideia, o pessoal aceitou bem?
MAGELA: Não tive. As escolas estavam querendo… A princípio elas resistiram. E eu tive que chegar nas escola, numa reunião com eles. Porque as escola não tinham onde reunir, e eu arranjei pra eles reunirem aqui no CESPORTE. Eles passaram a ter uma sala ali. Já demos condições a eles de se reunirem. E acabei dizendo: “Ou é fora da Avenida ou não tem carnaval”. Era essa a decisão do prefeito. E quando eu levei e mostrei um projeto do carnaval naquele local, as escola acabaram aceitando. E está ali até hoje. Não sei se é o melhor lugar mas é o que menos cria problemas para o trânsito em Juiz de Fora. Ainda mais agora com 142 mil carros emplacados em Juiz de Fora, imagina que loucura que seria?!
MAGELA: As pessoas podem achar que eu cito um e não cita o outro.
FLÁVIO: É, mas isso vai acontecer.
MAGELA: Vai acontecer.
FLÁVIO: Já está de fora, né?
MAGELA: Da maior importância… Maior importância do carnaval… Que tem… Tem uns mais importantes, outro menos, mas pra mim todos são importantes. Aquele cidadão que empurra o carro alegórico, ele é importante. Que se ele não está ali pra empurrar o carro alegórico, o carro alegórico não andava e a escola num evoluía. Não é importante?
FLÁVIO: E das baterias? A Juventude é a melhor bateria de Juiz de Fora?
MAGELA: O Davi, quando veio do Rio de Janeiro, porque ele criou o bloco lá na vila Furtado de Menezes. E ele inovou nas baterias. Porque ele fazia parte da bateria do mestre André da escola de samba lá de Bangu, Mocidade Independente. E o mestre André inventou… Criou a paradinha. Aquilo foi novidade pro Rio de Janeiro e novidade pra Juiz de Fora. E o Davi criou uma batida repicada, muito bonita. E a escola ia evoluir. Fazia com que a escola evoluísse mais bonita. E foi onde a Juventude ganhou quatro anos seguido. Né? Posso também… Depois vou voltar, vou falar sobre os quatro anos seguidos da Juventude, futuramente. Eu acho que o carnaval… Ainda hoje eu comentava com um meu irmão, o Adilson, sobre carnaval. E comentava sobre a cor… O cheiro do carnaval. Qual era o cheiro do carnaval? Carnaval tinha cheiro. Carnaval era um cheiro gostoso. Maravilhoso. Cheiro da lança-perfume. Que você usava lança-perfume, muitos colocavam a lança-perfume no lenço, cheiravam de desmaiavam ali também, era rapidinho. Cinco segundos, dez segundos ele voltava. Mas era aquele cheirinho gostoso. Não é o cheirinho da loló não… Também era… É cheiroso. Mas o cheiro da lança-perfume é que dava aquele troço gostoso do carnaval, você cortejava as damas com os jatinhos de lança-perfume. Né? Primeiro elas vinham de metal, né, dentro daqueles… Invólucro de metal. Depois veio de vidro. Eram trazidos da Argentina aqui pra Juiz de Fora. O carnaval do lança-perfume é o carnaval nostálgico. Carnaval das lembranças que não se apagam. Quem viveu o carnaval de lança-perfume viveu. Quem não viveu, num vive mais. Porque foi maravilhoso. Quem viveu o carnaval dos clubes como nós vivemos o carnaval do Clube Juiz de Fora, do Sport Club Juiz de Fora, do Tupi, o Tupynambás, das lindas fantasias… E o que era engraçado no carnaval passado: as escolas… Por exemplo, Turunas acabou de desfilar… As alas, a maioria das alas iam pros bailes com a fantasia que desfilou dos clubes: do Tupi, do Tupynambás, do Sport, da Casa d’Itália, que tinha um carnaval também muito bom… [???] de tarem na Rio Branco. Então o carnaval sempre foi gostoso. Num sei por que razão ele vai acabando. E é um… É um reverência, né. É um momento de descontração que você esquece de tudo que você teve de dificuldades. Ali é que vai viver aquele momento, né. Mas ele foi sendo desvirtuado. Foi desviado pras… Pros vícios e acabou… Chegou a essas conclusões que chegam hoje.
MAGELA: A Juventude ganhou essas quatro… Quatro, porque ela inovou. Ela…
FLÁVIO: Foi logo que ela surgiu que ela ganhou?
MAGELA: Foi, ela veio e veio arrasando. A Juventude com alegorias gigantescas, baita duns cavalos-marinhos, leão-marinho, coisas lindas, grandes. Acredita-se até que muitas dessas alegorias não eram feitas em Juiz de Fora. Acredita-se até que muitas dessas alegorias eram trazidas do Rio de Janeiro, pelo Davi Chaves. Porque o Davi inovou o carnaval de Juiz de Fora. Quando ele ganhou quatro anos seguidos, e ganhariam o quinto, da quinta mensagem, ele inovou. E outra coisa, não só na leveza das fantasias como também no bailado. No samba no pé. Com ritmo repicado da bateria, a escola evoluía maravilhosamente bem, então empolgava todo mundo. Ela aí ganhou quatro seguido. Esses quatro, e seria o quinto neste quinto trabalharam para que ela não fosse quinto com… Anos seguido campeão. Porque achavam o seguinte: não pode ganhar a quinta, senão perde o interesse das outras. Eu digo: pode ganhar 10. Os outros é que se preparem. Mas foi assim. Então foi a… Esse grande momento. Turunas também foi tricampeão. Tem grandes… Feliz Lembrança também. Partido Alto outra grande escola.
MAGELA: Se bem que a Juventude tem uma vantagem em relação às outras: o Turunas hoje não tem o reduto. Onde é o… Onde é o reduto do Turunas? Não é no Largo do Riachuelo mais. É onde tem o ginásio? Aliás, a sua quadra? Ali não tem nem residências. Né? Onde é o reduto, hoje, da Feliz Lembrança? É na Avenida 7? Ele não está na Avenida 7 mais… Ela foi lá pro Barbosa Lage. Barbosa Lage assumiu hoje o Turunas? Não assumiu. Então, há que fazer uma integração, aquele local ser utilizado todo a semana para aquela comunidade. Porque ela passa a adorar a Turunas… O Feliz Lembrança… Né?